domingo, 13 de maio de 2012

O doce amargo gosto da saudade


Abri os olhos e olhei as horas. Duas da manhã. Exausto observei as sombras que se moviam no teto do quarto. Sombras sem formas definidas se movimentavam rapidamente acima da minha cabeça. Me agarrei aquelas estranhas formas na ilusão de distrair meus pensamentos. Com essa já se contavam quatro noites sem um sono tranquilo.
Fechei os olhos outra vez e depois de alguns segundos lá estava ele novamente, sorrindo com aquele sorriso de cem watts, a barba por fazer, os cabelos despenteados incrivelmente lindo e fofo. Por um instante acreditei naquele delírio, só por um instante. Um enorme e apaixonado eu te amo saltou de seus lábios. Aquelas palavras me fizeram estremecer. Abri os olhos com um salto, sentado na cama, passei as costas da mão na testa limpando o rio de suor que se acomodava ali. Confuso, observei a noite pela janela enquanto lágrimas escorriam pelo rosto e rolavam até os lábios lembrando o doce amargo gosto da saudade.

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